quinta-feira, 28 de novembro de 2013

De vagar...

          É muito forte durante o dia!
          Decide muita coisa enquanto o sol está a pino.
          Faz e acontece durante aquele calor de um céu azul.
          Briga, xinga, manda às favas e onde mais puder, quando pássaros estão para lá e para cá.
          Indiferença, grosserias, provocações e etc, são empurradas goela abaixo enquanto o fluxo está seguindo, enquanto todos estão acordados, enquanto tudo pode ser alimentado, enquanto o horizonte é visto perfeitamente.


          Mas aí o sol se esconde a noite vem...
          O silêncio cai como uma jaca na cabeça.
          Se pensa: "Vou dormir e amanhã é um novo dia." Qual sono? Que novo dia? Lembranças me engolem e me golfam, em seguida me deixando tonta.
          A noite é fria e é aquele sutil momento em que se está sozinha. O travesseiro que era acolhedor e amigo, agora se enche de cheiros e esfrega na cara a saudade.



          "Não vou pensar, não vou lembrar, não vou buscar nada na lembrança".
           Meio minuto e tudo aflora...procuro desesperadamente na mente, lembranças do primeiro olhar, primeiro beijo, primeiro tudo. Vem imagens, vem cheiros, vem sensações, vem frio na barriga (tantas borboletas quanto forem possível, batendo asas no estômago), vem tudo menos sono, menos esquecimento.



          Mas enfim... o negócio é juntar os pedaços que sobrou e voltar a sonhar! Disso eu bem entendo.
         

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