domingo, 14 de dezembro de 2008

Morcego, e não era o Batman!

Sexta feira a noite! Dia frio, semana cansativa! Aquele momento em que tiramos para colocar a conversa em dia, falar dos últimos acontecimentos, namorar um pouquinho...e assim finda mais um dia em nossas vidas. Como em todas as noites, o último beijinho e: "muito?" "muitão" "dorme com Deus"... tudo muito normal, se não fosse uns ruídos estranhos que sucederam logo após o apagar das luzes!
Obvimente que eu já estava dormindo, e eis que a saga começa, com o ser humano homem da casa:
- Amor, tá ouvindo esses gritos?
- Hum?
- Fernanda, acorda, vc tá ouvindo?
- (já mal humorada), o que?
- É um morcego!
- Lógico que não Hadeon, isso é um grilo!(interessante que eu realmente estava convicta que era um grilo, e crente que seria totalmente impossível um morcego em nosso apartamento). Me deixa dormir.
- Grilo.. nunca vi grilo fazer assim..
- Tá tá.. mas se fosse um morcego, aqui não tem como um morcego aparecer.

Nesse momento o ser homem da casa dá um pulo da cama e acende todas as lâmpadas da casa. Nisso, fui obrigada a levantar também, totalmente mal humorada. Ao chegar até a cozinha, para minha surpresa total, ele estava lá! Sim.. algo totalmente inusitado, ele, pretinho, pequeno, e dissimulado! Ah ele era dissimulado, pois a cena que nós vimos foi de um morcego em pé, e com as asas escondendo a cara, como se nós ao acendermos as lâmpadas, atrapalhamos algum esquema dele! O que ele estaria planejando? Seria ele um morcego isca (até pelo tamanho, já que ele era pequeno), e os outros, enormes, canibais viriam depois sugar nosso sanguinho até a morte?

Como uma criatura tão pequena pode causar tanto furor? Entrei em pânico e fiquei andando de um lado para outro, como se isso fosse causar alguma reação nele, além de manter as asas na cabeça... Rapidamente concluimos que ele não sairia daquele cantinho e que nós dois viramos vítimas, nós éramos os encurralados! O plano de fazer: xí, xí, sai! Não funcionou, muito menos palavras duras ou ameaçadoras! De repente montei um esquema de ataque com um rodo! Mas e se ele voasse em minha direção e grudasse em meu pescoço! Tá, eu sei que ele era um morcego herbívoro, mas o clima tava pesado! Plano B: Comecei a chorar, lágrimas femininas sempre causam algum transtorno! Nada.

Homem da casa teve uma idéia brilhante: desligar as luzes, abrir a porta e deixar o pobre-morcego-com-tique-nervoso, seguir seu próprio caminho. A idéia quase deu certo! Aff, o raio do quase aí para atrapalhar! Ele realmente levantou vôo, mas ao invés de sair, ele foi para o lado de fora do apartamento, nesses poços onde entra um arzinho!

E como terminou essa saga toda? Bem, o morceguinho (no outro dia descobrimos que era um filhote), chorou o resto da madrugada, acredito que chamando a mamãe morcega, que não tratou de aparecer! Nós dois, pobres mortais, incomodados com os gritinhos dele! Até ofereci uma bananinha, mas ele não quis saber de interação! No outro dia, como num passe de mágica ele havia sumido... estranho! Nada me tira da cabeça que havia um complô contra nós e que um morcego altamente treinado veio fazer o servicinho sujo!!!!!