quarta-feira, 15 de julho de 2009

Hora de pisar no freio.

Bem, esse texto eu escrevi no dia 28/07/08 há quase um ano! E ao relê-lo senti vontade de postá-lo nesse momento da minha vida! Muita coisa mudou nesse período, mas os conceitos que tive em relação ao que realmente deve ter interesse na minha vida não mudou! Eis um pouco mais de mim:

Sou acelerada por natureza, se tivesse nascido nessa geração, com certeza minha mãe falaria que era uma criança Hiperativa, mas na minha época não tinha isso! Até o final do ano passado trabalhava 12 horas por dia e vários plantões nos finais de semana. Aí resolvi que faria uma nova faculdade porque a profissão que eu escolhi não tem me dado o retorno financeiro que imaginei que daria! Beleza, só que de repente me vi desempregada, sem um único real guardado e muita, muita dívida a pagar, já que eu tinha uma renda e havia me programado para continuar trabalhando pelo menos por mais dois meses! Foi um susto e tanto, um balde da água fria nos meus planos, aquela segurança que eu tinha foi tudo para o brejo (com vaca e tudo). É o que dá trabalhar com contrato sem nenhum vínculo! Fiquei exatamente 45 dias desempregada, sem saber como iria pagar aluguel e comprar comida (o mínimo necessário para a sobrevivência). Ainda bem que existe mãe e pai, que mesmo vivendo de aposentadoria, mas me deram algum dinheiro para continuar, para não desistir, pq de imediado a minha vontade era correr para casa da minha mãe. Só que não é mais como antigamente, quando em meio há alguma decepção ou problema, corre-se para o colo dos pais, e deixa para eles a responsabilidade de solucionar os problemas! Não, agora a responsabilidade é minha! Os "pulos" eu é quem tinha que dar! Nessas horas aparecem os verdadeiros amigos, que são bem poucos! E um novo conceito de família pode surgir! Penso que o medo natural das pessoas é de ouvir um: "Me empresta grana?".... seria cômico se não fosse tão trágico! Não é de dinheiro que eu precisava (sim precisava, mas não estava pedindo), eu precisava de alguém para me dizer para não desistir, que eu era capaz, alguém para me encorajar, alguém simplesmente para chorar comigo, para desviar minha atenção dos conflitos, alguém para sentar comigo e dividir um sanduíche de apresuntado! Alguém para ajudar a enxugar tantas lágrimas e mostrar a quantidade de portas abertas que essas mesmas lágrimas estavam me impedindo de vê-las! Já que eu só tinha olhos para a porta que se fechou bem na minha cara! Não, não estive sozinha! Encontrei essas pessoas sim, e pasmém, além dos meus pais, do meu namorado, da minha sogra, de uma tia e poucos amigos, nenhum daqueles amigos "íntimos" das rodas de cervejas, das festas, das micaretas, das badalações, das loucuras cometidas... não, esses "amigos" estavam muito ocupados com os próprios problemas para terem agora um estorvo, ou alguém que pudesse sugerir entrelinhas que necessitasse de alguma coisa! Hoje vejo, nitidamente, que me dediquei demais à pessoas que definitivamente não mereciam, não estou dizendo que se deve estar sempre querendo algo em troca numa amizade, não é isso. Só estou dizendo que nas horas em que você está lá no fundo do poço, com uma caveirinha do lado e um grilo cantando dentro, você vai saber quem realmente é parceiro, quem realmente ama você! É muito fácil fazer juras de amizade eterna, fazer pactos imbecis, prometendo que nunca vão se afastar, bla bla bla... quando se tem um salário bom, um carro para garantir a farra, quando se tem statos! Mas na hora do "vamô-vê", o máximo que você vai ouvir é: "Coitada", "Nossa, que coisa", "Menina, ela tá magra"...

Quando me vi desempregada, parece que o chão sob meus pés se abriu ... não tinha vontade de fazer mais nada! Era como se eu não pudesse fazer absolutamente nada! Não conseguia raciocinar, só me lamentar.. Aí uma amiga (dessas de verdade), me ligou e disse: "amiga, você pode usar meu computador para digitar trabalhos escolares." Que lindo! Ela foi tendo idéias, idéias, idéias, me bombardeava com ótimas idéias para me arranjar até aparecer alguma coisa concreta! E assim os dias sombrios, frios, tristes foram passando! Consegui um emprego, ganhando menos da metade do que eu ganhava, mas estou muito feliz! Pois estou aprendendo a recomeçar! E a valorizar tudo o que eu ganho! Pq não era assim... Tive que parar de fazer a faculdade nesse semestre, pois penso que, até para o sacrifício há um limite! Quero me organizar, quem sabe um dia eu volto a estudar! Coloquei o pé no freio.

Para que escrevi isso tudo aqui? Para dizer a vocês que por mais a vida pareça perfeitinha, tudo no lugar, pode aparecer um baita furação e dar uma sacudida em tudo e aquilo que parecia sólido, desmoronar! POr isso que nossos castelos devem ser feitos em cima da pedra e não na areia! E o mundo não vai parar até você se organizar (como eu gostaria que tivesse acontecido). Você, somente você vai poder sacudir a poeira da bunda e seguir em frente. A decisão é sua se vai correr atrás do prejuízou ou se vai se jogar no porão do fundo do poço! Eu, costumo dizer que estou passando pelo deserto, mas eu sei que vou sair dele, não sei quando! E estou tirando proveito desse momento! Estou sendo mais lúcida, mais pé no chão! Chega uma hora que essa vidinha de contos de fada tem que acabar!!!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

humpf

Se cada pessoa cuidasse da própria vida, dos próprios problemas, dos próprios sofrimentos, neuras, dores, amores, trabalho, lazer, enfim.. se todo mundo se preocupasse com a própria vida e deixassem a minha para que eu a viva da forma que eu acredito ser a melhor ou que eu possa viver, ficaria agradecida!
Isso só me faz rir, e ter a certeza que vcs morrem de inveja de mim e se descabelam por minha causa!!!
Enquanto vcs perdem tempo "seguindo" minha vida como se fosse uma novela das oito, falando de mim, inventando coisas sobre mim eu vou segundo minha vida, linda, morena, com uma pele cada vez mais linda ... vou resolvendo meus problemas, realizando meus sonhos...

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Quando nos dispomos a escrever o que se passa junto ao coração, ficamos sujeitos a expor nossas dores mais profundas, nossos medos, nossos desejos e sonhos! Mas essa exposição também alivia, traz paz e auto-conhecimento! É por isso que escrevo. Quando estou a beira de explodir, escrevo! Quando a alegria me consome a ponto de gritar, escrevo. Quando as lágrimas são impossíveis de controlar, escrevo!

Estou vivendo um momento de conflito interior, de dúvidas. Sou uma pessoa de natureza ansiosa e isso me consome. Fico tentando definir os sentimentos, tentando adivinhar o que vai acontecer em seguida e o que se passa na mente alheia. Isso me faz sofrer, porque não dá p saber. Não dá p saber nem o que se passa na minha cabeça direito, imagina o de outrem?